Wednesday, September 29, 2004

Fado Pós-Amália


Sensus - Cristina Branco




Fado Maior - Katia Guerreiro



Duas das maiores artistas da nova geração do Fado. Cada uma no seu registo, uma Katia Guerreiro muito marcadamente numa linha amaliana e uma Cristina Branco num registo mais ecléctico, onde se sentem aqui e ali, algumas infuências de ambientes fora do tradicional meio fadista. Tal como é por exemplo o caso da sua magnífica interpretação do clássico de Chico Buarque - «O Meu Amor» (3ª faixa do álbum).

Talvez o aspecto mais curioso e que provocará naturalmente algumas reflexões é o de analisar os motivos pelos quais, estas novas vozes do fado, apesar de já terem, especialmente no caso da Cristina Branco, uma carreira consolidada e com vários álbuns no mercado, eram até há muito pouco tempo verdadeiras desconhecidas em Portugal.

Alías, a Cristina Branco passa mesmo quase toda a sua vida fora de Portugal, tendo uma carreira reconhecida em países como França, Belgica e Holanda. Também a Katia Guerreiro, desde a sua internacionalização, passou a ser reconhecida como um novo valor do Fado por essa europa fora.

Será Portugal, ainda demasiado preconceituoso relativamente ao Fado e às suas conotações políticas e sociais, ou não haverá em Portugal espaço e inteligência suficiente para promover e aplaudir quem demonstra ter um pouco mais de qualidade do que a mediania que vai percorrendo os espaços de divulgação cultural, aqui, com particular destaque negativo para a TV portuguesa.

Por incrível que pareça é mais fácil ver um documentário sobre a Katia ou a Cristina no Mezzo do que em qualquer canal de televisão português. Lamentável.

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Eclectismo Musical: Fado Pós-Amália

Fado Pós-Amália


Sensus - Cristina Branco




Fado Maior - Katia Guerreiro



Duas das maiores artistas da nova geração do Fado. Cada uma no seu registo, uma Katia Guerreiro muito marcadamente numa linha amaliana e uma Cristina Branco num registo mais ecléctico, onde se sentem aqui e ali, algumas infuências de ambientes fora do tradicional meio fadista. Tal como é por exemplo o caso da sua magnífica interpretação do clássico de Chico Buarque - «O Meu Amor» (3ª faixa do álbum).

Talvez o aspecto mais curioso e que provocará naturalmente algumas reflexões é o de analisar os motivos pelos quais, estas novas vozes do fado, apesar de já terem, especialmente no caso da Cristina Branco, uma carreira consolidada e com vários álbuns no mercado, eram até há muito pouco tempo verdadeiras desconhecidas em Portugal.

Alías, a Cristina Branco passa mesmo quase toda a sua vida fora de Portugal, tendo uma carreira reconhecida em países como França, Belgica e Holanda. Também a Katia Guerreiro, desde a sua internacionalização, passou a ser reconhecida como um novo valor do Fado por essa europa fora.

Será Portugal, ainda demasiado preconceituoso relativamente ao Fado e às suas conotações políticas e sociais, ou não haverá em Portugal espaço e inteligência suficiente para promover e aplaudir quem demonstra ter um pouco mais de qualidade do que a mediania que vai percorrendo os espaços de divulgação cultural, aqui, com particular destaque negativo para a TV portuguesa.

Por incrível que pareça é mais fácil ver um documentário sobre a Katia ou a Cristina no Mezzo do que em qualquer canal de televisão português. Lamentável.